27/03/2017 06:43:00 - Atualizado em 27/03/2017 06:46:00

Após Operação Carne Fraca, JBS descarta demissões de funcionários

Redação/RedeTV! com ABr

Os reflexos da Operação Carne Fraca, realizada este mês pela Polícia Federal, não devem implicar em cortes e mudanças radicais no quadro de funcionários das empresas que compõem o grupo. Segundo reportagem publicada na edição desta segunda-feira (27) do jornal Folha de S. Paulo, executivos da companhia avaliam que os problemas acarretados pela ação já começam a ser superados.

O grupo JBS tem cerca de 125 mil funcionários no Brasil. Mesmo com a suspensão temporária da produção de carne bovina em quase todo o Brasil, cortes não são considerados, já que países como China, Egito e Chile liberaram a importação de produtos brasileiros após rápido período de interrupção. A expectativa é pela volta do embarque de carnes para o exterior em breve.

Para um executivo da JBS ouvido pela reportagem da Folha, o dano causado pela Carne Fraca às companhias brasileiras do ramo foi maior no exterior que internamente.

A Operação

Deflagrada pela Polícia Federal (PF), no último dia 17, a Operação Carne Fraca apura corrupção na Superintendência Federal de Agricultura no Estado do Paraná (SFA/PR) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No rol de empresas investigadas pela Polícia Federal estão a JBS, dona das marcas Seara e da Big Frango; a BRF, controladora da Sadia e da Perdigão; e os frigoríficos Larissa, Peccin e Souza Ramos.

A PF investiga o pagamento de propinas a fiscais federais agropecuários e agentes de inspeção em razão da comercialização de certificados sanitários e aproveitamento de carne estragada para produção de gêneros alimentícios.

Segundo a PF, os fiscais investigados na operação recebiam propina das empresas para emitir certificados sanitários sem fiscalização efetiva da carne e que o esquema permitia que produtos com prazo de validade vencido e com composição adulterada chegassem a ser comercializados. De acordo com a operação, eram usadas substâncias para “maquiar” a carne vencida.

Ao todo, foram expedidos 27 mandados judiciais de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão. Ao todo, 21 frigoríficos são investigados na operação. Além disso, o Ministério da Agricultura afastou 33 fiscais de suas atividades.

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