16/01/2017 16:58:00 - Atualizado em 16/01/2017 17:11:00

Pesquisadores acreditam que menopausa seja mecanismo evolutivo para mães não competirem sexualmente com filhas

Redação/RedeTV!

Foto: Pixabay

Um recente estudo com baleias divulgado pela Universidade de Exeter, na Inglaterra, sugere que a menopausa seja um mecanismo evolutivo com a finalidade de evitar que as mães sejam concorrentes sexuais de suas filhas. Embora não exista ainda comprovação científica, os pesquisadores estão certos de que a interrupção fisiológica dos ciclos menstruais em humanos tenha a mesma finalidade. Dentre todas as espécies de animais, somente as fêmeas das baleis, orcas e humanos passam pela menopausa. 

"Fêmeas de muitas espécies agem como os líderes na velhice, mas continuam a reproduzir. Nosso novo trabalho fornece um mecanismo que explica por que fêmeas param de reproduzir: elas perdem na competição reprodutiva com suas filhas", explicou Darren Croft, pesquisador responsável por liderar os estudos. Além das baleias, as orcas costumam iniciar a vida reprodutiva aos 15 anos e encerram aos 30 ou 40 anos, embora vivam até aproximadamente 90 anos. 

Estudos anteriores notaram ainda que fêmeas mais velhas desempenham um importante papel na liderança dos grupos familiares o que, segundo os pesquisadores, pode ser entendido pelo fato de que se ambas as fêmeas jovens e velhas reproduzirem, os sucessores das mais velhas tem 1,7 vezes mais chances de não sobreviver comparado aos das mais jovens. Dessa forma, o estudo acredita que a menopausa evoluiu tanto à cooperação e conflito em grupos familiares. 

"Nossa pesquisa sugere que a menopausa em ambas as orcas e seres humanos provavelmente tenha evoluído devido a razões muito semelhantes que são uma combinação dos benefícios que as fêmeas velhas podem dar aos seus descendentes e grande prole no fim da vida", afirmou Darren Croft ao site inglês "DailyMail".

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