27/10/2015 17:03:00 - Atualizado em 27/10/2015 17:10:00

Biólogos descobrem porque os corvos realizam 'velório' de seus semelhantes

Redação RedeTV!


(Foto: Reprodução/National Geographic)

Biólogos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, analisaram o comportamento dos corvos e chegaram a uma conclusão para explicar o ato de 'fazer um valório' que é realizado pela espécie. 

O estudo, que foi publicado no dia 14 de outubro no site "Mother Nature Network", buscava encontrar uma explicação para o fato de que quando um corvo morre, muitos outros se reúnem ao redor do corpo. 

Os biólogos Kaeli Swift e John Marzluff chegaram à conslusão de que esse ritual se trata de um 'momento de estudo' no qual as aves procuram verificar o que causou a morte do seu semelhante e como podem evitar situações que levem ao mesmo fim. Dependendo do motivo relacionado à morte da ave, os outros corvos podem tirar informações importantes, pois são capazes de gravar rostos de outras criaturas e guarda-los por até seis semanas na memória, além de conseguirem trocar informações entre si para evitar circunstâncias que analisaram como perigosas.

O estudo

Para iniciar a pesquisa, Kaeli Swift espalhou amendoins e folhados de queijo no chão para atrair as aves. Enquanto ela observava à distância, outra pessoa, com uma máscara de látex, foi até a concentração dos animais carregando um espécime de corvo empalhado. Nesse momento as aves que estavam se alimentando passaram a atacar o mascarado e isso porque ele carregava o animal morto.

Como os corvos gravam o que representa ameaça, nesse caso a face da pessoa, mesmo que ela retorne de mãos vazias nas próximas seis semanas, ela será repreendida. Eles evitam até mesmo a fonte de comida que há no local, se avistam uma pessoa com um corvo morto nas mãos.

A situação não se repete se, por exemplo, o pássaro morto for um pombo. Nesse caso, segundo a constatação, eles vão cercar o indivíduo por apenas 40% do tempo usual. Além disso, não se importarão em retornar ao local da fonte de comida.

A bióloga Kaeli Swift disse: “Já se sabe com fortes evidências que os animais que vivem em grupos possuem habilidades cognitivas mais avançadas. De acordo com o que sabemos, é incrível pensar que pássaros – no caso os corvos – fazem algo que somente algumas espécies realizam”, afirmou a pesquisadora.

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