04/02/2016 20:25:00 - Atualizado em 04/02/2016 20:28:00

Baixinhos têm menos câncer, mas sofrem mais do coração

Redação RedeTV!

(Foto: Reprodução/Internet)

Um estudo realizado na Alemanha, e divulgado no site "The Lancet", mostra que ser baixo ou alto possui prós e contras. A cada 6,5 centímetros a mais, o risco de morte por doenças cardiovasculares cai 6% - mas ao mesmo tempo as chances de morte por câncer aumentam 4%.

Alguns hormônios associados ao crescimento - determinados, principalmente, por fatores genéticos - fazem com que o corpo fique mais sensível à ação da insulina. Este fator influencia positivamente o metabolismo de lipídios, que é a quebra das gorduras em partículas menores, para que elas possam ser utilizadas pelo organismo.

Por sua vez, a insulina produz uma enzima chamada lipoproteína lipase (LPL), que leva essas partículas para dentro das células. Lá, elas são usadas como energia, estrutura e em outros processos. Na falta dessa enzina, a gordura fica na corrente sanguínea, e não nas células, aumentando as chances de doenças cardiovasculares e de diabetes tipo 2. Como as pessoas mais altas são mais sensíveis à insulina, esse problema é recorrente nas mais baixas.

O aumento da insulina estimula a proliferação celular e inibe a apoptose (morte celular programada). Isso pode resultar no aparecimento de um tumor, que pode ou não ser maligno. Todos esses fatores foram analisados isoladamente, excluindo outros fatores, como o peso corporal e a dieta.

O estudo aponta que os médicos devem ficar mais atentos à altura dos pacientes para facilitar a prevenção de doenças crônicas. Saber que uma pessoa alta tem mais chances de desenvolver câncer e que uma mais baixa tem mais facilidade em acumular gordura pode ajudar a detectar os problemas antes que eles se tornem fatais.

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