Após transplante, mulher sobrevive a complicações da dengue
Redação RedeTV!
(Foto: Reprodução/Agência Brasil)
Uma mulher de 41 anos, vítima de hepatite fulminante ocasionada pelo vírus da dengue, foi salva após receber um novo fígado em São Paulo. O procedimento, que é inédito na literatura médica mundial, foi realizado no Hospital de Transplantes do Estado, unidade da Secretaria de Estado da Saúde gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
A forma de hepatite fulminante por dengue é grave e ocorre raramente. De acordo com a equipe do hepatologista Carlos Baía, responsável pelo procedimento, a paciente passa bem e em breve poderá retomar suas atividades de rotina. O médico explica que as chances do surgimento de casos como o da paciente Valdenira Coelho de Brito Faria, se deve ao fato de "termos vivido uma epidemia nacional de dengue nos primeiros meses de 2015".
Caracterizada por uma inflamação no fígado, a hepatite fulminante pode se desenvolver de forma viral ou não. Quando o vírus da dengue atinge as células do fígado de forma agressiva pode provocar lesões no órgão. Alguns casos raros evoluem para hepatite fulminante, podendo causar a morte do doente. Com diagnóstico de hepatite aguda e necessidade de tratamento especializado na UTI, a paciente foi transferida de um hospital privado da capital paulista para Hospital de Transplantes, que é público e atende 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
O transplante foi possível graças à doação de órgãos feita pelos familiares de um paciente com morte encefálica diagnosticada. "Sem doação não há transplante. Essa é a forma de salvar muitas vidas. Somos todos gratos às famílias de doadores", finaliza.