Trens do Metrô de SP rodaram menos em 2014
Bruno Ribeiro e Fabio Leite/Agência EstadoFuncionários da companhia ouvidos pelo Estado, sob condição de anonimato, apontaram a superlotação como o principal motivo para explicar o dado. "Com mais gente nas plataformas, mais pessoas seguram as portas, impedindo o fechamento e, assim, a saída do trem. Com isso, a composição fica mais tempo parada", disse um metroviário. Outros motivos seriam o maior tempo de parada de trens para manutenção e mais falhas operacionais.
O Metrô, porém, contesta as hipóteses. "Os comentários desses metroviários são improcedentes, uma vez que, na última década, o Metrô manteve o mesmo tempo de parada dos trens nas estações - em média, de 20 segundos -, e os processos de manutenção só foram aprimorados", diz a empresa, em nota. A reportagem pediu dados sobre a relação de falha por quilômetro rodado, mas a informação não foi passada.
Na nota, o Metrô afirmou que a greve de 2014, que fez a companhia operar parcialmente durante cinco dias, foi a principal causa da redução de circulação. Para efeito de comparação, houve um dia de greve em 2012 e um em 2013.
Os dados mostram, entretanto, que mesmo com a paralisação, o total de passageiros transportados no ano não parou de crescer. Em 2012, o Metrô transportou 1,09 bilhão de pessoas; em 2013, 1,1 bilhão; e no ano passado, 1,11 bilhão.
A nota diz que "para um entendimento melhor do sistema metroviário da capital seria necessário considerar também as viagens realizadas pelos trens da Linha 4 (ramal concedido à iniciativa privada e não incluído no relatório)". A empresa também citou reorganização de linhas de ônibus por parte da SPTrans. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.