05/06/2017 14:50:00 - Atualizado em 05/06/2017 15:21:00

"Se nada der certo": alunos se fantasiam de faxineiro e ambulante em festa no RS

Redação/RedeTV!

Alunas vestidas de faxineiras e vendedoras (Foto: Reprodução/Bombô)

Com o tema "Se nada der certo", alunos do 3º ano do ensino médio da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH), na região metropolitana de Porto Alegre (RS), se fantasiaram com trajes de profissões que, segundo a própria escola, são consideradas "alternativas" e geraram polêmica nas redes sociais.  

Vestidos de vendedores ambulantes, faxineiros, revendedores de produtos de beleza, atendentes e até morador de rua e ladrão, os alunos compareceram à festa realizada em 17 de maio na própria escola. 

Fotos começaram a circular pelas redes sociais e a escola passou a ser alvo de duras críticas por fomentar o preconceito contra essas profissões. Muitas pessoas que ganham a vida através dos trabalhos representados - e ridicularizados - pelos estudantes criticaram a escola na página oficial no Facebook. 

Esclarecimento

Em nota oficial, a escola defendeu o evento, classificado como uma "prática comum" que, segundo a instituição, causou um mal-entendido, pois tinha como "objetivo promover momentos de integração e descontração entre os formandos do Ensino Médio, tendo em vista o encerramento da etapa que culmina com a busca da aprovação no vestibular e ingresso no ensino superior".

Estudante vestido de vendedor ambulante (Foto: Reprodução/Bombô)

Aluno fantasiado de ladrão (Foto: Reprodução/Bombô)

De acordo com o comunicado, a atividade tinha objetivo "trabalhar o cenário de não aprovação no vestibular" e "de forma alguma foi fazer referência ao 'não dar certo na vida'" - alegam, embora o nome da festa remeta exatamente o contrário sobre as profissões representadas. 

"Atividades como essa auxiliam na sensibilização dos alunos quanto a conscientização da importância de pensar alternativas no caso de não sucesso no vestibular e também a lidar melhor com essa fase. Dessa forma, a IENH pede desculpas pelo mal entendido com a concepção e realização da atividade que não teve o objetivo de discriminação enfatizado nas redes sociais. Também destacamos que todas as colocações e situações oriundas certamente serão temas de discussão e aprendizado em sala de aula", finaliza.

Estudante vestido de morador de rua (Foto: Reprodução/Bombô)


Aluna vestida de entregadora de jornal (Foto: Reprodução/Bombô)

Reações 

Nas redes sociais, internautas demonstraram indignação com o tema escolhido por uma instituição de ensino. 

Veja também: Exemplo de luta: Morador de rua faz faculdade de enfermagem

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