Proteção além das genitais: mãos também trazem riscos nos "amassos" de Carnaval
Bruna Brasil/RedeTV!Foto: Pexels
Mãos bem-lavadas, camisinha protegida e até preservativos nos dedos são algumas das recomendações básicas para que a "pegação" do Carnaval seja saudável e segura, segundo a sexóloga Carla Cecarello. Em entrevista ao Portal da RedeTV!, a profissional alerta sobre alguns cuidados que os foliões devem tomar antes das práticas sexuais. Além do uso obrigatório do preservativo na hora do sexo - tanto penetração como oral -, alguns outros detalhes de saúde devem ser levados em consideraçãoa até mesmo antes de dar aquele "amasso" mais intenso durante a festa.
Confira abaixo alguns conselhos deixados pela sexóloga:
- Mãos "atrevidas" precisam ser analisadas
Segundo Cecarello, é muito importante lembrar de garantir que tudo está limpo ou bem protegido antes de permitir que algo toque ou penetre a região genital. Como, por exemplo, as mãos.
Com o contato físico de uma mão com algum tipo de ferimentos nas partes íntimas, a falta de proteção pode causar a contaminação por vírus e bactérias à outra pessoa. “É interessante isso usar preservativo nos dedos se perceber que a pessoa tem micose nas unhas ou uma alergia acentuada nas mãos. Caso contrário uma boa higienização resolve”, destaca a profissional.
- Pode guardar camisinha na carteira?
Outro alerta: cuidado ao guardar os preservativos na carteira ou no porta-luvas dos carros! O atrito com outros objetos, a pressão na embalagem ou a temperatura podem comprometer a qualidade do produto. A fabricante de preservativos Prudence dá dicas para saber guardar a camisinha com segurança: “Para melhor conservação, é indicado que o preservativo seja mantido longe da umidade e calor excessivo”.
A mesma recomendação é feita pela sexóloga: “Pode até guardar na carteira, mas não pode colocar no bolso se for sentar em cima. O melhor é encontrar um lugar que não fique mexendo toda hora”.
- Camisinha dentro da validade
Ainda de acordo com a fabricante, a única maneira de ter certeza que a camisinha está dentro da validade é sempre conferindo a data na embalagem, pois o preservativo vencido não tem características específicas. Mas vale lembrar por que é importante conferir a data: “Após a data de validade indicada, a eficácia do preservativo fica vulnerável e o produto pode prejudicar a mucosa do pênis, vagina ou ânus. Ele também pode se romper durante a relação sexual”, informa a marca.
- Aquela "conferida" na hora de colocar o preservativo
Cecarello comenta que outro detalhe importante a levar em consideração antes do sexo é a forma que o preservativo está sendo colocado, para evitar que o preservativo se rompa, por exemplo. “É sempre bom dar uma olhada, acompanhar para ver se está sendo colocado adequadamente”, diz ela sobre prestar atenção neste momento da relação.
A médica explica qual é a maneira correta de ser colocada: “Encaixa o preservativo na glande - cabeça do pênis - e vai ficar com um pequeno reservatório para cima. Tem que segurar o reservatório com os dedos e vai com a outra mão desenrolando o preservativo, mas sempre segurando o reservatório, que é onde fica o esperma quando o homem ejacula. Tem que segurar que é para não ficar ar e não estourar”, explica. “Muita gente coloca com a boca, então tem que deixar a folga na glande com o reservatório e depois vai com a boca ou com a mão”, acrescenta.
- Sexo oral em mulher com camisinha masculina. Dá?
É mais comum encontrar disponíveis em postos de saúde as camisinhas para pênis, no entanto isto não pode servir como pretexto para fazer sexo oral em mulheres sem a prevenção. Carla Cecarello sugere que, quando apenas o preservativo masculino estiver disponível, a camisinha pode ser cortada e posicionada para proteger a vulva, o clitóris e a entrada da vagina. Só assim pode ser feito o sexo oral seguro. "É através da secreção vaginal, do líquido transparente que libera antes do homem ejacular ou da ejaculação que pode se contrair doenças", ressalta.
- Leve a sua própria camisinha
Na opinião da sexóloga, um conselho importante antes de ter relações sexuais no Carnaval e se certificar que o preservativo que foi usado está em boas condições é usando o seu, que você trouxe. A sexóloga lembra casos de pessoas que, por má fé, podem furar a camisinha, para transmitir doenças de propósito ou tentar provocar uma gravidez. “Insista para usar o seu”, reforça Cecarello.
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