13/06/2018 07:56:00 - Atualizado em 13/06/2018 07:57:00

Polícia investiga se Marielle Franco era alvo de escuta em gabinete na Câmara do RJ

Redação/RedeTV!

Policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) apuram se a vereadora Marielle Franco (PSOL) era alvo de escuta clandestina instalada em seu gabinete no nono andar da Câmara do Rio de Janeiro. 

Segundo texto publicado nesta quarta-feira (13) pelo jornal "O Globo", para os investigadores, o plano de execução da parlamentar pode ter começado em 2017. O assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes completa três meses na quinta-feira (14).

Assessores da vereadora contaram à polícia que notaram no início de fevereiro que algumas placas no teto da sala de Marielle haviam sido alteradas assim que retornaram do recesso do fim de ano. A suspeita é de que os “grampos” tenham sido instalados durante as férias coletivas.

Imagens do circuito interno do Palácio Pedro Ernesto também estão sendo analisadas. Há um vídeo que  mostra o momento em que um homem escalou o prédio, em fevereiro. 

Um mês antes do assassinato de Marielle, o vereador Tarcísio Motta (PSOL) chegou a pedir uma varredura em todos os gabinetes, mas teve sua solicitação negada pelo presidente da Câmara, Jorge Felippe (PMDB).

Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros. 

A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves. 

A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm. Nove cápsulas foram encontradas no local. A polícia acredita que o veículo foi perseguido por cerca de 4 km

Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.

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