Polícia e MP fazem operação contra o jogo do bicho no Rio
Redação RedeTV! com Agência BrasilA @PCERJ, por meio da Corregedoria Interna (COINPOL) e em conjunto com o @MP_RJ e a Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de @SegurancaRJ, deflagrou a Operação SAIGON nesta segunda-feira para desarticular uma quadrilha que pratica “jogo do bicho”, em São Gonçalo. pic.twitter.com/4YXawmScRu
— Segurança RJ (@SegurancaRJ) 13 de agosto de 2018
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram na manhã desta segunda-feira (13) a Operação Saigon, contra a prática do jogo do bicho em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio.
Os agentes cumprem 23 mandados de prisão preventiva e 57 de busca e apreensão contra a família de Dona Renee, falecida no curso das investigações, matriarca do bicho no município. Até as 8h30, 15 pessoas haviam sido presas. Entre elas, dois suspeitos de chefiar a quadrilha.
Também foram denunciados por crimes de organização criminosa e peculato alguns policiais civis e militares. Segundo a polícia, a quadrilha movimentava até R$ 10 milhões por mês.
Durante a ação, os chefes da quadrilha, os irmãos Luis Anderson e Alexandre de Azeredo Coutinho, foram presos. Luis Anderson foi preso em Niterói, no bairro de Icaraí, junto com sua esposa. Alexandre foi encontrado e detido em Cabo Frio. Eles eram netos de Dona Renee.
Na casa de Luis Anderson, os policiais fizeram uma apreensão de R$ 48.674 em espécie, além de joias de ouro.
De acordo com informações da Polícia Civil, as investigações determinaram que os irmãos corrompiam os funcionários públicos e os policiais para "participar no esquema". Allan Kardec, policial aposentado, trabalhava como elo entre os criminosos e as delegacias, segundo a Polícia Civil. A quadrilha operava em esquema sofisticado, oferecendo boa remuneração e plano de saúde.
A máfia era dividida em arrecadadores -que eram os responsáveis pelo fechamento das apostas em cada ponto-, seguranças, subgerentes, gerentes e donos do ponto de apostas, os bicheiros. A Polícia estima que eram 300 pontos de aposta espelhados pelo Rio de Janeiro.
A Operação Saigon envolve agentes da Corregedoria Interna da Polícia Civil, da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança e do Gaeco, grupo do Ministério Público do Rio de Janeiro responsável pelo combate ao crime organizado.
Os agentes ainda procuram dois policiais civis da ativa (75ª DP, Rio do Ouro, e 82ª DP, Maricá), um policial civil aposentado, um ex-policial civil, quatro policiais militares na reserva ou reformados e seis ex-policiais militares que participavam do esquema. a Polícia não revelou suas identidades.