24/10/2017 12:15:00 - Atualizado em 24/10/2017 12:15:00

PM diz em depoimento que esperava "carro suspeito" passar por local onde turista foi morta

Redação/RedeTV!

O soldado da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PM-RJ) Luís Eduardo Noronha Rangel prestou depoimento na Divisão de Homicídios da Capital na manhã desta terça-feira (24). O PM fazia parte do grupo presente na ação que resultou na morte da espanhola Maria Esperanza Ruiz Jimenez, de 67 anos, na Favela da Rocinha, na segunda (23).

Em seu relato, o policial alega ter ouvido no rádio de comunicação da PM que um carro de pintura escura teria fugido de outra guarnição em ‘atitude suspeita’. O militar disse que uma operação do Batalhão estava em curso na Rocinha e, ao lado do tenente Davi dos Santos Ribeiro e de outro soldado, se dirigiu ao Largo do Boiadeiro. Lá o trio esperava o veículo suspeito passar.

Segundo Rangel, os três foram para o meio da rua para dar ordem para que o veículo, que tinha vidros escuros, parasse. O soldado e o tenente, então, teriam atirado de fuzil para o alto. Em seguida, ele teria ouvido mais dois tiros, sem saber exatamente de onde partiram.

A Divisão de Homicídios da Capital pediu, nesta terça-feira (24), a prisão preventiva do tenente Davi dos Santos Ribeiro. Ele é apontado como o possível autor do tiro que atingiu a espanhola Maria Esperanza Ruiz Jimenez, de 67 anos, na Favela da Rocinha. O caso aconteceu na manhã de segunda (23) e a turista não resistiu ao ferimento.

Após o ocorrido, por meio de nota, a Polícia Militar disse que, assim como das demais forças de segurança do país, segue os procedimentos estabelecidos no Manual de Abordagem. O manual diz que, em casos como este, os policiais não devem fazer disparos e sim perseguir o veículo que não obedeceu à ordem de parar e bloquear sua passagem assim que for possível. A razão pela qual esse procedimento não foi cumprido é também objeto da investigação em curso.

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