19/01/2017 14:54:00 - Atualizado em 19/01/2017 15:30:00

PM confirma mortes em Alcaçuz após novos confrontos; diretor da unidade se fere

Redação RedeTV!

A Polícia Militar confirmou haver mortos após um confronto entre facções rivais nesta quinta-feira (19) na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, o maior presídio do Rio Grande do Norte.

Entre os feridos estão detentos e também Ivo Freire, diretor da unidade, que se machucou com estilhaços de um tiro.

A batalha se deu com pedras, barras de ferro e vigas de madeira arremessadas de um lado a outro.

A Polícia Militar está na área externa da unidade. Policiais fizeram disparos do alto das guaritas na tentativa de conter a confusão. A PM afirmou que os presos estão armados e se matando.

Guerra entre facções

O confronto começou quando presos ligados ao Sindicato do Crime tentaram invadir o pavilhão 5, onde estariam os detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital, que saíram do pavilhão e foram para o pátio. Os presos, então, usaram paus e pedras para o combate. Apenas um espaço de 50 metros separa os dois grupos.

Desde o último final de semana, unidades prisionais do Rio Grande do Norte são palco de confrontos e ameaças entre presos membros de facções criminosas rivais. De sábado para domingo, pelo menos 26 presos que cumpriam pena na Penitenciária Estadual de Alcaçuz foram assassinados por outros detentos durante uma rebelião de mais de 14 horas de duração. Desde então, presos circulam livremente pelo pátio da unidade, levando facas, barras de ferro e paus.

As autoridades estaduais de segurança pública desconfiam que o número de mortos no confronto entre presos pode ser maior e que corpos podem ter sido jogados em fossas de esgoto na área interna do presídio.

O governo do Rio Grande do Norte pediu ao governo federal o envio de equipes das Forças Armadas para auxiliar as forças locais a inspecionarem o interior dos presídios estaduais em busca de armas, aparelhos celulares, drogas e outros produtos e substâncias proibidas. Tropas da Força Nacional de Segurança Pública também já atuam no estado desde setembro do ano passado, auxiliando a Polícia Militar no policiamento ostensivo.

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