PF usou agente infiltrado para chegar a grupo suspeito, diz jornal
Redação RedeTV!Para chegar aos investigados na Operação Hashtag, a Polícia Federal (PF) utilizou um agente infiltrado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, foi assim que a PF teve acesso aos grupos em que os suspeitos conversavam sobre a possibilidade de ataque terrorista durante os Jogos Olímpicos do Rio e conseguiram dados para sustentar as dez prisões realizadas na última quinta-feira (21).
As investigações tiveram início há mais de um ano, a partir de monitoramento feito pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência). Os dados passaram a ser compartilhados com a DAT (Divisão Antiterrorismo) da PF.
Ontem (22), o 11º suspeito se entregou à PF na cidade de Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso. "Ele (o suspeito que se entregou nesta sexta) será ouvido e depois encaminhado a um presídio federal. Por questões de segurança, horários e locais não serão divulgados", informou a PF em nota. Outro segue foragido.
LIGAÇÃO COM ESTADO ISLÂMICO
Em entrevista coletiva, no dia da deflagração da operação, o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, informou que a atividade do grupo de suspeitos se acelerou nos últimos meses, depois que alguns participantes juraram lealdade ao Estado Islâmico e que um deles fez contato com uma loja de venda ilegal de armas no Paraguai, em busca de um fuzil AK-47.
O ministro informou ainda que o grupo não tinha contato pessoal, mas se comunicava via aplicativos de mensagens. Nenhum deles, também, teria tido contato direto com o Estado Islâmico, mas teriam feito a conversão e o juramento de lealdade via Internet.
O episódio deixou ainda mais evidentes as preocupações com a segurança dos Jogos Olímpicos que se iniciam no dia 5 de agosto no Rio de Janeiro e com a possibilidade de o evento ser alvo de grupos extremistas, embora o Brasil não seja, historicamente, um palco para ataques dessas organizações.