Pelo 3º dia seguido, cai nível de todos os reservatórios de SP
Felipe Resk/Agência EstadoConsiderado o principal manancial do Estado, o Cantareira, que é responsável por abastecer 5,3 milhões de pessoas, voltou a registrar queda de 0,1 ponto porcentual. Os reservatórios que compõem o sistema operam com 18,4% da capacidade, ante 18,5% no dia anterior, de acordo com índice tradicionalmente informado pela Sabesp. Esse número considera duas cotas de volume morto, adicionadas no ano passado.
A pluviometria do dia na região foi de apenas 0,1 milímetro, o que fez o valor acumulado passar para 0,5 mm nos quatro primeiros dias de agosto - volume muito abaixo do esperado. Caso a média histórica do mês estivesse se repetindo, já deveria ter chovido pelo menos 4,4 mm durante o período.
Considerando os últimos 40 dias, o sistema só registrou aumento na quantidade de água represada apenas duas vezes: no dia 26 de junho, quando passou de 19,9% para 20%, e no dia 27 de julho, em que o nível subiu de 18,8% para 18,9%. Ainda assim, a Sabesp pediu aos órgãos reguladores para aumentar a captação de água do sistema e suspender a redução determinada para setembro, na tentativa de aliviar o Sistema Alto Tietê, que vive crise ainda mais severa.
Segundo o cálculo negativo do sistema, o Cantareira também caiu 0,1 ponto porcentual e está com - 10,9%. No terceiro índice a variação negativa também se repete: o sistema desceu de 14,3% para 14,2%.
Outros mananciais
O Guarapiranga, que atualmente é responsável por atender o maior número de habitantes de São Paulo (5,8 milhões), chegou ao oitavo dia consecutivo de perda de água armazenada. O sistema está com 75,3% da capacidade: 0,3 ponto porcentual a menos comparado ao dia anterior, quando estava com 75,6%. Ao longo da sequência negativa, o manancial já perdeu 1,8 ponto porcentual do seu volume.
Em crise, o Alto Tietê acumulou sua sexta baixa seguida. Nesta terça, os reservatórios somam 17,7% da capacidade, ante 17,9% no dia anterior. Esse número já considera uma cota de volume morto de 39,4 bilhões de litros.
O Rio Claro foi o que sofreu a maior variação negativa: 0,5 ponto porcentual. O manancial caiu de 71,1% para 70,6%. Já o Alto Cotia e o Rio Grande desceram 0,4 e 0,3 ponto, respectivamente, e operam com 60,1% e 88,2%.