07/08/2018 09:58:00 - Atualizado em 07/08/2018 10:06:00

No Rio, pintor confessa ter matado esposa grávida em frente ao filho

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Simone e seu marido, Anderson - (Reprodução/Facebook)

Na manhã de segunda (6), Simone Silva, 25 anos, foi assassinada no Complexo do Alemão. O marido dela, o pintor Anderson da Silva, de 28 anos, se entregou à Polícia após fugir e confessou o crime na manhã desta terça (7). Por conta de ciúmes, ele teria asfixiado ela na frente do filho do casal, de 3 anos. Simone estava gravida de 2 meses.

Policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) foram chamados para prender o suspeito e socorrer a mulher, mas foram impedidos por criminosos armados, que atacaram a guarnição da polícia.

Quando os policiais chegaram ao local do crime, a mulher já tinha sido levada para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do Alemão, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

O marido, que havia se deslocado depois do crime para a escola da filha, de 9 anos, na mesma comunidade, conseguiu fugir dos policiais. Mas ele acabou se entregando à Polícia Civil mais tarde, na Baixada Fluminense.

Aos oficiais, o pintor contou que está faz uso de "remédio controlado" e acredita que o medicamento possa ter causado uma alteração em seu comportamento. A crise de ciúmes de Anderson, segundo ele, aconteceu pela desconfiança de não ser o pai do bebê que ela esperava. 

Feminicídio no Rio

A Polícia Civil do Rio de Janeiro trata o crime como 'Feminicídio'. Só em 2017, foram 68 casos desse tipo, crimes contra a mulher, no estado. No País, um homicídio motivado por ódio contra a mulher pode ter penas de 12 a 30 anos.

O perfil "Voz das Comunidades", que se dedica a notícias do Complexo do Alemão, alterou a sua foto de perfil para uma de luto, em homenagem a Simone.

Caso mobilizou Operação

Policiais civis de todo o estado do Rio de Janeiro cumprem nesta terça-feira (7) mandados de prisão contra acusados de violência doméstica e sexual contra mulheres. A ação envolve as 14 delegacias de Atendimento à Mulher (Deams) do estado.

As prisões têm como base a Lei Maria da Penha, que completa 12 anos hoje. A ação, coordenada pela Divisão de Polícia de Atendimento à Mulher (DPAM) do Rio, já resultou em 27 prisões.

A operação também conta com o apoio das delegacias de Homicídios, da Polinter e de outros departamentos da Polícia Civil.

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