02/06/2015 10:37:00 - Atualizado em 02/06/2015 10:44:00

Mulheres sofrem mais violência de pessoas conhecidas, aponta IBGE

Agência Brasil

Quando uma mulher sofre violência no Brasil, é mais comum que o agressor seja um conhecido do que um desconhecido. A constatação foi feita pela Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo mostra que 2,7% das mulheres maiores de 18 anos foram agredidas por desconhecidos nos 12 meses anteriores ao questionário, realizado em 2013. Quando o agressor é alguém conhecido da vítima, o índice sobe para 3,1%.

O oposto ocorre com o sexo masculino. Agressores desconhecidos vitimaram 3,7% dos homens brasileiros maiores de idade, enquanto os conhecidos foram responsáveis por 1,8%.

Em números absolutos, agressores conhecidos atacaram 2,4 milhões de mulheres e 1,2 milhão de homens nos 12 meses da pesquisa. Já os desconhecidos agrediram 2,5 milhões de homens e 2 milhões de mulheres. Os números são projetados para toda a população com base nos resultados do questionário e têm um intervalo de confiança de 95%.

Os números variam de acordo com as regiões e estados. A violência contra mulheres por parte de conhecidos é maior no Norte (3,9%) e no Sul (3,7%). O Rio Grande do Norte é o estado que registra o maior índice de agressões, com 6,2%. O Mato Grosso do Sul tem o menor percentual, 1,7%.

Já a violência contra os homens por parte de desconhecidos chega a 5,9% no Norte. O Pará apresenta o maior índice (6,7%) e o Amazonas, 6,6%. No caso das mulheres, o maior percentual de agressões é registrado no Amapá, com 5,7%.

O total de brasileiros com mais de 18 anos agredidos por desconhecidos, no período de 12 meses, apurado pela pesquisa foi 3,1%. No caso dos conhecidos, o índice ficou em 2,5%.

As regiões Norte, Nordeste e Sul têm as maiores proporções de agressões por conhecidos, 3,2% para a primeira e 3% para as demais. No Sudeste, o percentual é 2%, e no Centro-Oeste 2,6%.

Quando analisadas as agressões promovidas por desconhecidos, o Norte mantém o primeiro lugar, com 5%. O Centro-Oeste aparece em segundo, com 3,4%, e o Nordeste, em terceiro, com 3,2%.

Segundo a pesquisa, 1,9% dos brasileiros foram agredidos por bandido, ladrão ou assaltante nos 12 meses anteriores à pesquisa. O índice de homens (2,1%) supera o das mulheres nesse tipo de violência (1,8%). As agressões desse tipo foram mais comuns no Norte, com 3,8%. Em segundo lugar aparece Nordeste, com 2%.

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