17/01/2017 12:47:00 - Atualizado em 17/01/2017 12:50:00

Motim no RN foi retaliação ao massacre em Manaus, diz governador

Redação RedeTV! com Agência Brasil

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, avaliou nesta terça-feira (17) que o motim na Penitenciária de Alcaçuz, que deixou 26 mortos, foi uma "retaliação" ou "vingança" à rebelião registrada no início do mês em um presídio no Amazonas - que registrou 56 mortes.

"Até hoje, nunca tinha havido um confronto dentro dos presídios entre PCC e Sindicato do Crime RN. Virou uma guerra. Começou no Amazonas, isso é uma retaliação. Essa briga não é do RN, é uma retaliação do que aconteceu no Amazonas, é uma vingança ao caso do Amazonas e aconteceu no meu estado, infelizmente", declarou em entrevista coletiva.

Apesar da retaliação, ele garantiu que o governo está no controle da situação. "Tanto tem que conseguimos tirar os líderes do PCC", disse, ao citar que não houve mortes de policiais, agentes penitenciários ou reféns. "A briga ficou restrita entre o PCC e o Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte", acrescentou.

Faria ainda acrescentou disse que o país não pode ser "emparedado" por facções: "Os presos no telhado querem intimidar as autoridades, não podemos permitir que o estado seja intimidado".

Para ele, o papel dos homens da Força Nacional deslocados para a penitenciária é garantir a segurança da população e evitar fugas de presos, sem entrar nas instalações de Alcaçuz. Além disso, ele afirma que entrada de forças de segurança no local neste momento poderia gerar mais mortes e "um novo Carandiru". "Temos que evitar que isso aconteça".

Faria também confirmou que há indícios de algum tipo de favorecimento que tenha permitido a rebelião na penitenciária de Natal. Ao final da entrevista, ele afirmou que agentes penitenciários e policiais que colaboram com a fuga de presos são "piores que bandido".

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