Ministro da Saúde afirma que programa Mais Médicos é provisório
Redação/RedeTV!Ricardo Barros, ministro da Saúde do governo interino de Michel Temer, afirmou que o Mais Médicos é "provisório". Em entrevista concedida ao jornal Folha de S. Paulo, ele justificou que o governo federal não é o responsável pela organização de serviços ligados à área da saúde. Segundo Barros, a responsabilidade de contratação de profissionais, como médicos, é de cada município.
O ministro da Saúde afirma, no entanto, que cerca de 2.500 municípios brasileiros "só têm médicos do programa". Ricardo Barros explica que uma emenda constitucional proíbe que municípios tenham funcionários públicos com salário superior ao do prefeito. Por isso, muitas cidades acabam não conseguindo contratar profissionais para atendimento público à população.
Apesar de contrário ao fato de que o Mais Médicos possa ser permanente, Barros não projetou um prazo para o fim do programa. Ele já fez um pedido ao governo cubano e à Organização Pan-Americana de Saúde para que revejam a situação de muitos médicos do país latino que fazem parte do Mais Médicos e devem deixar o Brasil este ano. A expectativa do ministro é que o contrato, iniciado em 2013, possa ser prorrogado por mais três anos.
Mais de 11 mil profissionais cubanos foram contratados para atuar no Brasil. Cerca de 20% devem ser substituídos em novembro. Ricardo Barros ainda declarou, durante a entrevista, ter a expectativa de que os cubanos possam ser substituídos por brasileiros "ao longo do tempo". Para isso, disse ter conversado com o Conselho Federal de Medicina e com a Associação Média Brasileira sobre possíveis medidas de "incentivo" aos médicos do país.
