Grupo reúne postagens falsas sobre Marielle Franco para denunciá-las à polícia

(Foto: reprodução/Instagram)

Muito foi dito sobre a vereadora Marielle Franco (PSOL) nas redes sociais após seu assassinato na última quarta-feira (14). A ativista de direitos humanos e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros no centro do Rio de Janeiro após saírem de uma reunião.

Além da onda de homenagens e de informações sobre a atuação da vereadora, surgiram também postagens criticando Marielle e até disseminando informações falsas sobre ela.

Para evitar a circulação de boatos envolvendo o nome da ativista, um grupo de advogados iniciou uma força-tarefa para reunir os posts falsos, identificar os autores e denunciá-los na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil.

O vereador Tarcísio Motta (PSOL), amigo de Marielle, é um dos envolvidos na iniciativa. “Irresponsabilidade, violência, mentiras, difamação, preconceito, desrespeito à vida, desprezo pela democracia. E a leviandade resumida em uma frase: 'Eu postei as informações que li no texto de uma amiga'. Não passarão!”, desabafou em seu perfil no Twitter.

O caso citado pelo vereador envolve uma postagem feita pela desembargadora do TJ-RJ Marilia Castro Neves. "A questão é que a tal Marielle não era apenas uma 'lutadora', ela estava engajada com bandidos! Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores”, escreveu. Após a polêmica, a desembargadora afirmou à coluna de Monica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo, que não conhecia Marielle até a notícia de sua morte e explicou que fez a publicação com base no que leu em um texto de uma amiga.

O PSOL afirmou que vai entrar com representação oficial no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e com uma ação criminal por calúnia e difamação contra Marilia Castro Neves. 

Desde quinta-feira (15), o grupo já recebeu por e-mail mais de duas mil denúncias de postagens falsas sobre Marielle Franco. O endereço é contato@ejsadvogadas.com.br.

Veja também: assessora de Marielle diz que não viu assassinos