12/02/2017 09:05:00 - Atualizado em 12/02/2017 09:05:00

Governo do RN ainda não definiu número de mortes em Alcaçuz após quase um mês das rebeliões

Redação/RedeTV! com ABr

(Foto: Agência Brasil)

Ainda não foi contabilizado pelo governo do Rio Grande do Norte o número oficial de mortos após quase um mês das rebeliões e conflitos armados entre facções dentro do presídio de Alcaçuz.

Com a dificuldade para reconhecer os corpos, a dúvida está em definir quantos, entre os detentos que não estão mais no local, teriam fugido e ainda estariam vivos. 

A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) chegou a informar no fim de janeiro que 56 presos estão foragidos, mas deixou claro que o número ainda poderia aumentar.

Até o momento, 22 corpos foram entregues às famílias, mas há 12 cabeças, além de outros membros e mais quatro cadáveres que ainda aguardam identificação por DNA.

A busca por corpos na penitenciária esbarrou no obstáculo das 40 fossas de 18 metros cúbicos espalhadas pela área do presídio. Até mesmo procurar pelas cabeças de 13 corpos decapitados já retirados do local é uma tarefa difícil e, segundo o diretor-geral do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), Marcos Brandão, é provável que algumas nunca sejam encontradas.

“São fossas muito grandes, 18 metros cúbicos, e são muitas. Demorou um dia inteiro só para esgotar uma delas. Em regra, nas fossas existe a parte líquida, mas tem a parte de lama que fica embaixo e não dá para tirar. E a cabeça em decomposição começa a soltar osso e fica muito difícil achar”, explica Brandão. 

Em uma operação feita em 21 de janeiro também foram encontrados fragmentos de ossos na fossa. Esse material, no entanto, não continha restos humanos, o que indica, de acordo com o diretor do Itep, que eles podem ser provenientes de uma rebelião anterior.

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