19/11/2019 07:27:00 - Atualizado em 19/11/2019 11:31:00

Ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes é alvo de mandado de prisão na Lava Jato

Redação/RedeTV! com Agência Brasil

Suspeita é de que ex-presidente tenha ajudado Dario Messer a fugir e ocultar patrimônio

Horacio Cartes, ex-presidente do Paraguai - (Foto: Casa de América/Creative Commons/Agência Brasil)

O ex-presidente do Paraguai, Horacio Cartes, é alvo de mandado de prisão preventiva em desdobramento da Operação Lava Jato nesta terça-feira (19). A suspeita é que ele tenha ajudado na fuga de Dario Messer, considerado o 'doleiro dos doleiros'.

A operação é um desdobramento da 'Operação Câmbio, Desligo', batizada de Patron. Em espanhol, a palavra significa "patrão", uma referência ao apelido dado por Messer ao ex-presidente paraguaio. A decisão é do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

Após o mandado de prisão, Cartes, que governou o país vizinho de 2013 a 2018, teve a inclusão do nome na Difusão Vermelha da Interpol - lista de procurados distribuída em aeroportos do mundo todo.

A ação tem como alvos pessoas que ajudaram Messer a fugir ou ocultar seu patrimônio. Ao todo, 37 mandados judiciais expedidos por Bretas são cumpridos em Búzios, São Paulo e em Ponta Porã (MS), na fronteira com o Paraguai. 

De acordo com a Polícia Federal, as investigações identificaram 20 milhões de dólares que teriam sido ocultados por Dario Messer, dos quais 17 milhões foram colocados em um banco do arquipélago caribenho das Bahamas e o restante dividido entre doleiros, casas de câmbio, políticos e empresários do Paraguai.

Ainda segundo a PF, Cartes seria a pessoa de maior confiança de Messer no Paraguai e teria ajudado o doleiro a fugir de autoridades brasileiras e paraguaias.

Messer, por sua vez, teve sua prisão decretada em maio de 2018 pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro na Operação Câmbio, Desligo. Depois de ficar foragido por mais de um ano, ele foi preso em julho deste ano, acusado de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e participação em organização criminosa.

Os alvos que residem no Paraguai e nos Estados Unidos foram incluídos na lista vermelha da Interpol, a polícia internacional.

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