Estado de São Paulo bate recorde de mortes por dengue
Fabiana Cambricoli/Agência EstadoO recorde anterior de mortes em São Paulo havia sido registrado em 2010, quando 141 pessoas morreram por complicações da doença. São mais vulneráveis a apresentar o quadro grave da doença crianças, idosos e quem tem problemas crônicos.
O Estado vive em 2015 a pior epidemia de dengue da sua história. Além do recorde de mortes, São Paulo também acumula neste ano o maior número de casos confirmados e notificados da doença desde que esses índices passaram a ser tabulados. Pelos números do ministério, que considera todas as notificações (casos confirmados e aqueles ainda em investigação), já são 401,5 mil registros no Estado, uma alta de 379% se comparado com o mesmo período do ano passado.
Quando analisado o número de mortes, o aumento em relação a 2014 é ainda maior. Os 169 óbitos já confirmados neste ano equivalem à alta de 382% sobre as 35 mortes registradas no mesmo período do ano passado. Em relação a todo o ano de 2014, quando o Estado teve 90 óbitos, a alta é de 87,7%.
São Paulo responde hoje por 73% das 229 mortes por dengue confirmadas no País, o que significa que, de cada quatro pessoas que morreram vítimas da doença no Brasil desde janeiro, três eram moradoras de cidades paulistas. A alta de óbitos em São Paulo é muito superior ao aumento nacional, de 45%.
Por regiões
O índice de incidência da doença em São Paulo chegou a 911,9 casos por 100 mil habitantes - acima de 300, a taxa já é considerada epidêmica, de acordo com classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dados da Secretaria Estadual da Saúde mostram que metade do Estado está em surto, com predominância de casos em algumas regiões, como o noroeste paulista e as áreas no entorno de Sorocaba e Campinas.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.