Desembargador que humilhou guarda reaparece sem máscara em Santos
Redação/RedeTV!Imagens mostram novamento o magistrado sem máscara em uma praia da cidade
(Foto: Reprodução)
O desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Eduardo Siqueira, foi visto novamente circulando sem máscara em um espaço público da cidade de Santos, litoral de São Paulo. O magistrado ficou conhecido depois de ter sido gravado humilhando um agente da Guarda Civil Metropolitana, que pediu que ele usasse o equipamento de proteção contra o coronavírus enquanto andava pela orla da praia.
Desta vez, Siqueira foi registrado falando ao celular, com a máscara presa ao pescoço, em uma praia. Na imagem que circula pelas redes sociais, divulgada inicialmente pelo site G1, ele aparece caminhando pela areia com a camiseta presa às costas, sem máscara e de bermuda.
Em julho, quando foi feito o primeiro flagrante, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou a abertura de providências para apurar a conduta do magistrado durante a abordagem.
Desde 1º de maio, é obrigatório o uso de máscaras em Santos, com multa estipulada de R$ 100 em caso de descumprimento.
Relembre o caso
Eduardo Siqueira ganhou notoriedade após a divulgação do vídeo de uma abordagem realizada no dia 18 de julho em que foi multado por estar caminhando na praia sem estar usando uma máscara facial.
Na ação, um agente da Guarda Civil Municipal (GCM) entrega uma notificação ao magistrado que reage com desrespeito, chamando o guarda de analfabeto, rasgando a notificação e ameaçando jogá-la no rosto do rapaz.
Nas imagens, também é possível ver o desembargador fazendo uma ligação supostamente para o secretário de Segurança de Santos, Sérgio Del Bel. Após a entrega da multa, o desembargador rasgou o papel e jogou no chão.
Após a repercussão do caso, em nota, o desembargador disse que o momento foi resultado de "profunda indignação".
"Nos últimos dias, vídeos de incidentes ocorridos entre mim e guardas municipais de Santos têm motivado intenso debate na mídia e nas redes sociais, com repercussão nacional. Realmente, no último sábado (18/07) me exaltei, desmedidamente, com o guarda municipal Cícero Hilário, razão pela qual venho a público lhe pedir desculpas", disse ele na ocasião.
"Minha atitude teve como pano de fundo uma profunda indignação com a série de confusões normativas que têm surgido durante a pandemia – como a edição de decretos municipais que contrariam a legislação federal – e às inúmeras abordagens ilegais e agressivas que recebi antes, que sem dúvida exaltam os ânimos", completou.
"Nada disso, porém, justifica os excessos ocorridos, dos quais me arrependo. O guarda municipal só estava cumprindo ordens e, na abordagem, atuou de maneira irrepreensível. Estendo as desculpas a sua família e a todas as pessoas que se sentiram ofendidas", finaliza.
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