19/03/2018 10:45:00 - Atualizado em 19/03/2018 12:12:00

Contra fake news, site desmente boatos sobre vereadora Marielle Franco

Redação/RedeTV!

(Foto: Reprodução)

Para combater a onda de notícias falsas que circulam pelas redes sociais, a equipe da vereadora Marielle Franco, morta a tiros, junto com o motorista Anderson Pedro Gomes, na última quarta-feira (19), criou uma página para desmentir os boatos sobre a atuação política e a vida pessoal dela.

Intitulado "A Verdade sobre Marielle Franco", o site já contestou cinco boatos propagados sobre a vereadora: de que ela teria tido relacionamento com o traficante Marcinho VP, que foi eleita pelo Comando Vermelho, que era usuária de maconha, que engravidou aos 16 anos e que ela defendia bandidos. Todas as informações são falsas e o site mostra as provas necessárias para comprovar.

"Uma coisa é debater sobre posicionamentos políticos. Outra bem diferente é caluniar, repercutir mentiras e desrespeitar a sua memória e o luto de seus familiares e amigos", diz mensagem publicada no site.  

O site ainda abre espaço para quem quer denunciar um boato sobre a vereadora. Basta preencher uma planilha com os dados da publicação que propaga informações falsas e enviar. 

O caso

Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros. 

A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves. 

A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm e que a munição utilizada fazia parte de lotes vendidos para a Polícia Federal. Nove cápsulas foram encontradas no local. 

A polícia trabalha com a suspeita de execução e acredita que o veículo foi perseguido por cerca de 4 km. As autoridades ainda apuram se um segundo carro teria participado dos assassinatos

Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.

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