18/03/2018 14:33:00 - Atualizado em 18/03/2018 20:04:00

Carro que teria sido usado no assassinato de Marielle Franco é apreendido em MG

Redação RedeTV!

Foto: Reprodução

Um carro suspeito de ter sido usado no assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, foi apreendido na noite de sábado (17) pela Polícia Civil de Minas Gerais

De acordo com o órgão, o veículo apontado como suspeito de ter sido usado no crime foi encontrado em uma rua sem saída, na cidade de Ubá, na Zona da Mata. 

A confirmação de que o carro é o mesmo utilizado nos assassinatos será feita pela polícia do Rio de Janeiro, que já está na cidade. 

A suspeita é que o carro tenha sido abandonado na última quinta-feira (15).

No final da tarde, o dono do veículo foi localizado. Ele é natural de Ubá e tem passagens por tráfico de drogas. O proprietário foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos.

Veja também: Câmeras de segurança mostram Marielle entrando no carro e sendo seguida

O caso

Marielle foi morta após participar um evento que reunia jovens negras, na Lapa, no centro do Rio, na noite de 14 de março. Ela estava com a assessora e o motorista do carro, Anderson Pedro Gomes, que também faleceu, quando o veículo foi emparelhado foi outro e alvejado por ao menos 13 tiros. 

A vereadora foi atingida por quatro tiros na cabeça. Anderson, que era casado e tinha um filho pequeno, recebeu pelo menos três disparos nas costas. A assessora acabou atingida por estilhaços e não sofreu ferimentos mais graves. 

A perícia apontou que todos os disparos foram efetuados por arma de calibre 9 mm e que a munição utilizada fazia parte de lotes vendidos para a Polícia Federal. Nove cápsulas foram encontradas no local. 

A polícia trabalha com a suspeita de execução e acredita que o veículo foi perseguido por cerca de 4 km. As autoridades ainda apuram se um segundo carro teria participado dos assassinatos

Marielle, de 38 anos, era uma conhecida ativista do movimento negro, defensora de minorias sociais e crítica da violência policial no Rio, além de ter sido a quinta vereadora mais votada nas eleições de 2016. Desde 28 de fevereiro, ela atuava como relatora de uma comissão da Câmara dos Vereadores criada para fiscalizar a intervenção federal no Rio.

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