Aluno da FGV é acusado de racismo após dizer que achou ''escravo em fumódromo''
Redação/RedeTV!
(Foto: Reprodução/Facebook)
Um aluno da Faculdade Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, foi acusado de injúria racial depois de compartilhar em um grupo do whatsapp uma foto de outro estudante da mesma instituição com a frase: "Achei esse escravo no fumódromo! Quem for o dono avisa!”. A vítima registrou boletim de ocorrência no 4º Distrito Policial da Consolação.
Em nota ao portal da RedeTV!, a FGV diz que repudia toda forma de discriminação e preconceito e também afirma que suspendeu o autor da foto por três meses assim que tomou conhecimento dos fatos:
"O comentário ofensivo foi feito em grupo privado do qual o ofensor fazia parte, sem qualquer participação, ainda que indireta, da FGV. Ante a possível conotação racista da ofensa, firme em sua postura de repúdio a toda forma de discriminação e preconceito, a FGV, tão logo tomou conhecimento dos fatos, tal qual prevê seu Código de Ética e Disciplina, de imediato aplicou severa punição ao ofensor, que foi suspenso de suas atividades curriculares por três meses, estando impedido de frequentar a escola, sem ressalva da adoção de medidas complementares, a partir da apuração dos fatos pelas autoridades competentes."
Em uma postagem em um grupo no Facebook, o aluno vítima de racismo conta que ficou sabendo do registro ao ser chamado pela Coordenação de Administração Pública na última terça-feira (6). No texto, o estudante classifica a atitude do autor da foto de "covarde''.
"Tão perto de mim...porque não foi falar na minha cara? Mas você optou pela atitude covarde de tirar uma foto minha e jogar no grupo dos amiguinhos. Se seu intuito foi fazer uma piada, definitivamente você não tem esse dom. Acha que aqui não é lugar de preto? Saiba que muito antes de você pensar em prestar FGV eu já caminhava por esses corredores. Se você me conhecesse, não teria se atrevido. O que você fez além de imoral é crime! As providências legais já foram tomadas e você pagará pelos seus atos”, escreveu.
Ao fim, o aluno disse que não descansará até que o colega seja expulso da faculdade. "Pessoas como você não devem e nem podem ter um diploma da Fundação Getúlio Vargas. A mensagem é curta e direta. Mas serve para qualquer outro racista da Fundação. Não passará!".
Em apoio a vítima, o coletivo 20 de Novembro FGV também publicou uma nota de repúdio no Facebook:
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