Alckmin defende corte de salário para professores em greve
Felipe Resk e Luiz Fernando Toledo/Agência EstadoUma audiência no Tribunal de Justiça entre o governo estadual e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o maior da categoria, está marcada para esta quinta-feira, 6. Alckmin, no entanto, descartou a possibilidade de rever o corte de ponto.
"Governo não faz o que quer, não tem essa liberalidade. Se (o professor) dá aula, tem frequência; se não dá aula, não tem frequência. Como vai dar frequência para quem não dá aula? Isso é prevaricação", afirmou o governador na manhã desta quarta-feira, 6, durante um evento no Palácio dos Bandeirantes.
Alckmin também voltou a afirmar que a greve dos professores "não tem muito sentido" e que "não tem adesão dos professores". Segundo ele, a categoria já recebeu aumento salarial de 45% nos últimos quatro anos, que representaria 21% de ganho real. O último foi em julho de 2014. "Não tem como dar reajuste de oito em oito meses." A Apeoesp reivindica aumento de 75,33% para equiparação salarial a outras categorias com ensino superior.
Os professores em greve farão novo ato na sexta-feira, 8, no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Na ocasião, eles deverão votar a continuidade da greve e seguir em passeata até a Praça da República.