Dirigente irlandês acusado de cambismo na Olimpíada deixa presídio do Rio
ReutersO dirigente olímpico irlandês Patrick Hickey, acusado de participação em um esquema de venda ilegal de ingressos nos Jogos Rio 2016, deixou a prisão de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, nesta terça-feira de manhã, beneficiado por um habeas corpus, mas terá de permanecer no Brasil.
Hickey era presidente do Comitê Olímpico da Irlanda e fazia parte da cúpula do Comitê Olímpico Internacional (COI) ao ser preso pela polícia em um hotel de luxo do Rio no dia 17 de agosto, durante a Olimpíada.
O dirigente irlandês, de 71 anos, foi indiciado por crime contra o torcedor, formação de quadrilha e marketing de emboscada. Ele estava detido em uma prisão do sistema penitenciário do Estado do Rio e cumprindo regras como uso de cabelo raspado e uniforme.
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio informou na segunda-feira que o desembargador Fernando Antonio de Almeida acolheu o pedido de habeas corpus dos advogados do irlandês, que, no entanto, está impedido de deixar o Brasil e deverá devolver o passaporte às autoridades.
O Comitê Olímpico da Irlanda e as empresas Pro10 e THG foram acusados pela polícia fluminense de montarem um esquema de venda ilegal de ingressos nos Jogos do Rio para faturar cerca de 10 milhões de reais.
O também irlandês Kevin Mallon, diretor da empresa investigada pela polícia THG, deixou o sistema penitenciário do Rio no fim de semana, após ser beneficiado por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).