Uganda investiga ameaça de morte contra corredor
/Agência EstadoO aparente conflito entre Kipsiro e o técnico Peter Wemali vem desde o ano passado, quando o treinador foi acusado de abusar sexualmente de algumas atletas. Kipsiro foi um dos competidores que realizaram a denúncia. O treinador foi inocentado e nem chegou a enfrentar acusações criminais.
O presidente da federação de Uganda, Dominic Otuchet, declarou que a entidade e a polícia estão apurando a acusação de que Kipsiro recebeu, na semana passada, uma ameaça de morte em seu telefone celular e se Wemali estava por trás disso.
Kipsiro disse que ele estava "mentalmente torturado" pela ameaça, o que o levou a desistir de participar do Mundial de Cross-Country na China. Mas Kipsiro, que também desistiu de corridas anteriores, enfrentará uma ação disciplinar, se for verificado que ele mentiu sobre a ameaça, disse Otuchet.
Wemali negou ter feito a ameaça, e a polícia explicou que Kipsiro não fez uma denúncia formal. "Estamos investigando o assunto. A federação também está tentando determinar se ele (Kipsiro) disse mentiras", afirmou Otuchet. Ele também declarou que Kipsiro poderá ser banido se for constatado que mentiu.
Nesta quarta-feira, um homem foi preso por suspeita de colocar fogo na casa de Wemali, disse a polícia. A corporação identificou o homem preso como Simon Ayeko, que é um primo de Kipsiro e também um corredor profissional. Akeyo foi visto nos arredores da casa de Wemali na noite de domingo, durrante o incêndio, de acordo com a polícia, que está à procura de um segundo suspeito.
Kipsiro manteve o seu título dos 10 mil metros nos Jogos da Commonwealth em Glasgow, na Escócia, em 2014 - quatro anos antes, ele também havia vencido a prova dos 5 mil metros. Além disso, ele faturou o bronze no Mundial de Atletismo de 2007 nos 5 mil metros.