26/05/2022 19:29:00 - Atualizado em 26/05/2022 19:34:00

Especialista em Marca Pessoal comenta o caminho de ex-atletas após a aposentadoria

Redação RedeTV!

Clara do Vale explica como lidar com transições de carreira

(Foto: Divulgação)

A vida de atleta tem prazo de validade. Todo profissional de elite tem a consciência que seu instrumento de trabalho, o corpo, uma hora dará sinais de que precisa parar. Alguns profissionais conseguem se estender no alto rendimento por mais tempo, como a meio-campista da Seleção Brasileira feminina de futebol, Formiga, que aos 43 anos ainda está na ativa nos clubes - se aposentou apenas pela seleção. Em contrapartida, alguns atletas acabam sofrendo com lesões que encurtam sua carreira. 

A pergunta que fica para quem deixa o esporte profissional é: o que fazer depois do apito final? A especialista em marca pessoal e alto ticket Clara do Vale explica qual a melhor maneira de iniciar essa transição profissional. 

“O primeiro passo é entender que você não está apenas fazendo uma transição, mas uma progressão de carreira. Porque nossas bagagens e repertórios não só profissionais, mas de vida, nos acompanharão em qualquer novo formato de trabalho e nos serão úteis como diferenciais na nova área. Quando eu mudei da saúde para negócios, trouxe muitos princípios de energia física e cuidados com o corpo para o assunto Marca Pessoal e Vendas de Alto Ticket, que são meus assuntos principais hoje”, revela Clara.

Exemplo de sucesso de ex-atletas que embarcaram em um novo desafio é da apresentadora e jornalista esportiva Glenda Kozlowski. Aos 47 anos, ela acumula 30 anos de carreira na TV, mas antes disso foi tricampeã mundial de bodyboard. A ex-atleta aproveitou o conhecimento e a vivência no esporte para entrar na área da comunicação. Clara do Vale explica que essa é a melhor maneira de fazer a transição: “É progredir para um novo nível de carreira honrando sua própria bagagem e a utilizando ao seu favor”, comenta. 

Mudanças mais radicais também são comuns. A ex-jogadora da Seleção Brasileira de vôlei Leila Barros, considerada uma das maiores atletas da modalidade do Brasil, passou por várias transições na carreira. Depois de ganhar dois bronzes olímpicos, em 1996 e 2000, e ser ouro no Pan-Americano em 1999, ela mudou para o Volêi de Praia, na sequência virou comentarista, até entrar na política. Leila foi Secretária de Esportes do DF e hoje é Senadora, sendo a primeira mulher eleita para a função no Distrito Federal. 

Clara do Vale explica quais os primeiros passos para quem vai mudar para uma função muito diferente da que exercia: “ preciso estudar o novo segmento no qual você vai se lançar, mapear suas próprias habilidades para extrair seus diferenciais na nova atuação e liderar com firmeza e propriedade do seu assunto”, exemplifica Clara, que analisa que no caso da ex-atleta Leila Barros, mesmo na política, ela começou com algo que dominava, como na secretaria de esportes. 

Transição de carreira de ex-atletas homens e mulheres 

A especialista não acredita que seja mais fácil para ex-atletas homens fazerem uma transição de carreira, mas que o senso comum associa profissionais do esporte como futuros treinadores e é natural em algumas modalidades encontrar mais homens que mulheres. “Não acredito que nenhuma transição seja mais fácil. Toda transição para um ser humano idôneo no que faz é desafiadora. Para você se consolidar em algo, tem que ser bom, não importa o gênero”. 

No Brasil, o futebol é o esporte número um e, por questões culturais, é mais fácil observar ex-jogadores homens se tornando técnicos. “Um ex-atleta não precisa necessariamente virar técnico, mas no futebol encontramos mais homens porque temos esse olhar no Brasil. Isso não faz ser uma transição mais fácil. É algo que vai além da carreira.  Acredito no protagonismo humano, independente do gênero, e encorajo a liderança feminina. Meu trabalho é para que mulheres se estabeleçam com seu nome em qualquer segmento que desejem”, analisa Clara do Vale.

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