O trauma do vice-campeonato de 2014 norteou as escolhas do Santos para a decisão do Campeonato Paulista, vencida neste domingo. Segundo o presidente do clube, Modesto Roma Junior, um grande acerto da diretoria foi marcar o jogo contra o Palmeiras para a Vila Belmiro e não para o Pacaembu, como o time fez no ano passado, quando foi derrotado pelo Ituano, nos pênaltis.

Mandar a segunda partida da decisão em um estádio da capital poderia render ao time mais renda, porém, para o presidente, isso não teria causado tanta pressão ao adversário. "O título prova o acerto de fazer o jogo aqui na Vila Belmiro, a importância de fazer o jogo com essa imensa torcida", explicou. A vitória por 2 a 1 no tempo normal seguida pelos 4 a 2 nos pênaltis teve a presença de 14,6 mil pagantes.

A torcida santista chegou cedo ao estádio e teve papel marcante ao longo da decisão. Durante as cobranças, vaiou bastante os cobradores palmeirenses. Com o título, o Santos se redime da derrota também nos pênaltis no ano passado, quando no único jogo como mandante fora da Vila Belmiro em todo o Estadual, a equipe foi superada pela zebra do interior, o Ituano.

"Tivemos uma trajetória muito segura durante todo o campeonato", resumiu o presidente, que ainda elogiou a participação do ex-técnico Enderson Moreira. Demitido em março, deu lugar ao interino Marcelo Fernandes. O ex-auxiliar assumiu o comando interino da equipe para depois ser efetivado e levar o Santos à sétima final consecutiva, com o quarto título nas últimas seis edições.