08/11/2015 18:35:00 - Atualizado em 20/11/2015 00:45:00

Corinthians é hexacampeão brasileiro

Redação/ RedeTV!

(Fotos: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians)

O Corinthians foi ao Rio de Janeiro para enfrentar o Vasco ciente do que precisava fazer para alcançar seu sexto título do Campeonato Brasileiro. O empate em 1 a 1 bastou para o Timão tomar o país. 

O início da partida foi como se esperava. A equipe do Vasco indo ao ataque para tentar fugir do rebaixamento e o Corinthians atrás da linha da bola, oferecendo o jogo ao time do Rio. Dessa forma, os cariocas chegaram a exercer um pouco de pressão nos momentos iniciais do jogo, mas, aos poucos, o time paulista fez o que a tornou a equipe mais letal desse Brasileirão, controlou o jogo e tocou a bola com a qualidade que só o melhor meio campo do país é capaz de produzir.

A primeira metade da etapa inicial teve domínio carioca. Aos 15 minutos, Rafael Silva teve a primeira grande chance da partida, mas parou em defesa de Cássio. Aos 21, Riascos recebeu na entrada da grande área, mas bateu longe do gol. Aos 27, em cobrança de escanteio, Rodrigo cabeceou por cima do travessão depois de saída equivocada de Cássio.

A partir da segunda metade da primeira etapa, só deu Corinthians. Aos 29 minutos, Renato Augusto assustou o goleiro Martim Silva, depois de jogada de Jadson. O efeito colocado pelo maestro corintiano acabou não saiu como planejado e a bola foi pela linha de fundo. Aos 32, em nova jogada de Jadson, foi a vez de Elias desperdiçar a oportunidade e, da entrada da área, bater para fora do gol. Aos 47, Jadson bateu falta com muito perigo e Martim Silva mandou para escanteio. Após a cobrança, um bate-rebate na área cruzmaltina quase terminou em tento para a equipe corintiana. A bola chutada para fora da área vascaína selou o final da primeira etapa.

O segundo tempo começou com o Vasco tentando pressionar novamente e uma notícia importante do jogo entre São Paulo e Atlético-MG: Luan fez 1 a 0 para os mineiros. Aos 11, Mádson recebeu bom lançamento de Rafael e, com a marcação de Gil, bateu alto, sem perigo para Cássio. 

O Vasco, com a entrada de Jorge Henrique no lugar de Rafael, pressionava a equipe corintiana quando, no Morumbi, o São Paulo chegou à igualdade diante do Atlético-MG, com gol de Alan Kardec. Mas nem deu tempo do torcedor corintiano comemorar, pois Dátolo colocou de novo os mineiros na frente no minuto seguinte.

Aos 15, Renato Augusto, cansado, deu lugar a Rodriguinho. No minuto seguinte, Malcom recebeu uma 'voadora' do vascaíno Rodrigo, que já possuía cartão amarelo. Com o segundo mostrado pelo árbitro Anderson Daronco, o atleta carioca foi expulso. O lance rendeu ao Timão uma falta perigosíssima na entrada da área da defesa cruzmaltina, mas Jadson bateu em cima da barreira.

O Vasco mexeu e colocou Rafael Vaz no lugar de Diguinho aos 17 minutos.

Se no Rio o jogo era tenso, em São Paulo Michel Bastos empatava o jogo para o Tricolor em partida emocionante. 

Aos 22 minutos, em bela jogada individual, Rodriguinho teve a chance de colocar o Timão na frente, mas bateu para fora.

Aos 26 minutos, o Vasco quase colocou água no chopp corintiano, quando Julio Cesar recebeu grande bola de Nenê dentro da área e bateu na saída de Cássio para fazer 1 a 0. 

A partir daí o Timão se lançou ao ataque e Lucca, que entrou no lugar de Elias, quase marcou em três oportunidades: aos 30, aos 32 e aos 35 minutos. 

À essa altura, Alan Kardec tinha feito o terceiro gol são-paulino no Morumbi, o que dava o título ao Timão, mas o gol redentor veio aos 36 minutos. Após cruzamento de Edilson da direita, Lucca apenas escorou de cabeça para Vágner Love fazer o gol de empate. Ao mesmo tempo, o São Paulo fazia o quarto gol no Morumbi em cobrança de pênalti de Luís Fabiano e ajudava o Timão a garantir o sexto título nacional. 

Nem precisou terminar a partida para o torcedor corintiano soltar o grito de campeão. O Brasil ficou preto e branco. 

FICHA TÉCNICA

VASCO X CORINTHIANS

Local: Estádio de São Januário (Rio de Janeiro-RJ)

Data: 19/11/2015

Árbitro: Anderson Daronco

Gols: Julio Cesar aos 26 e Vágner Love aos 36 minutos do segundo tempo

Cartões Amarelos: Rodrigo e Diguinho (Vasco), Edilson, Jadson e Lucca (Corinthians)

Cartão Vermelho: Rodrigo (Vasco)

VASCO

Martin Silva, Mádson, Luan e Rodrigo; Julio Cesar, Serginho, Diguinho (Rafael Vaz), Andrezinho e Nenê; Rafael Silva (Jorge Henrique) e Riascos (Eder Luis)

CORINTHIANS

Cássio, Edilson, Gil, Felipe e Guilherme Arana; Ralf (Bruno Henrique), Elias (Lucca), Jadson e Renato Augusto (Rodriguinho); Malcom e Vágner Love

UMA CONQUISTA ANUNCIADA

A conquista do sexto Campeonato brasileiro pelo Corinthians parecia questão de tempo, não só para os fiéis torcedores, mas também para os rivais. E não demorou muito. Nesta 35ª rodada, após empatar com o Vasco por 1 a 1 em São Januário, chegar aos 77 pontos e contar com um tropeço do Atlético-MG em São Paulo, contra o Tricolor, o Timão já pode comemorar e soltar o grito de campeão.

A triunfante campanha impressiona pelos números e pelo futebol praticado na nova Era Tite. Se as glórias do pentacampeonato de 2011, da Libertadores e do Mundial tinham como pilares quase absolutos a defesa e os resultados enxutos, em 2015 o Corinthians manipulou as diversas facetas do jogo, conseguiu reinar também nas estatísticas ofensivas e, acima de tudo, impôs  seu domínio em campo perante praticamente todos os rivais.

(Tite é considerado por muitos como o grande segredo do Corinthians)

Faltando três jornadas para o fim oficial do Brasileirão, o alvinegro paulista está a quatro pontos de superar os 80 ganhos pelo Cruzeiro em 2014 e passar a ter a melhor performance do formato de pontos corridos com 20 participantes, que vigora desde 2006. E mais, a conta parcial de 23 vitórias, oito empates e apenas quatro derrotas já rende ao clube do Parque São Jorge uma pontuação maior do que a "centenária" caminhada da Raposa de 2003 nesta mesma altura. 

O Fator Itaquerão tampouco pode ser esquecido. No segundo ano com um Estádio que pode chamar de seu, o Timão usou e abusou da vantagem de jogar com o apoio da torcida. Foram 15 resultados positivos como mandante (14 deles na nova casa), um empate e somente uma derrota, o que significa um aproveitamento histórico de 90%. 

Nas quatro linhas, a zaga seguiu a sólida doutrina de Tite, liderada tecnicamente por Gil. Menos empolgante, o ataque teve um breve momento de euforia antes da contusão de Luciano e depois se manteve estável com os gols pontuais e muito importantes do contestado Vagner Love. No entanto, o setor que realmente deu o tom do êxito corintiano foi o meio-campo. Se Ralf, Elias e Bruno Henrique "carregaram o piano", o improvável artilheiro Jadson e o "onipresente" Renato Augusto brilharam intensamente e se colocaram entre os principais candidatos a jogadores do ano no país.

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