Pouco mais de um ano se passou desde o fatídico 7 a 1 (Foto: David Gray/Reuters)

Uma polêmica começa a surgir em Campinas e pode ganhar o Brasil com a criação do "Dia do Gol da Alemanha", em referência à derrota de 7 a 1 do Brasil para o time europeu nas semifinais da Copa do Mundo de 2014. O projeto foi protocolado na primeira sessão da Câmara após o recesso de julho pelo vereador Jota Silva (PSB).

"Não é para ser comemorado e sim para ser lembrado como o dia da maior tragédia do futebol brasileiro", afirma a justificativa do projeto que propões a instituição do dia 8 de julho como o "Dia do Gol da Alemanha", data em que a seleção dirigida por Luiz Felipe Scolari foi massacrada pela Alemanha no Mineirão em 2014.

"Longe de ser um dia para piadas e gozações e sim um dia para refletir e pensar na construção de um futebol sem corrupção, sem batalhas entre torcidas organizadas, ou seja, um futebol para o povo", diz o político para justificar o projeto a fim de relembrar o dia em que a seleção brasileira foi goleada em sua pior apresentação em uma Copa.

O vereador, que é locutor esportivo de uma rádio de Campinas, disse que a ideia é que em todo dia 8 de julho sejam promovidos debater e atividades para lembrar a "tragédia do Mineirão". Segundo Jota Silva, essa é uma oportunidade de o município discutir a situação do futebol brasileiro, já que os clubes de Campinas "fazem parte deste caótico e falido futebol".

O vereador defendeu a seriedade do projeto de lei e disse que "não tem nada de piada nisso". A ideia dele é organizar um debate permanente (todo dia 8 de julho) sobre os rumos do futebol. "Guardadas as devidas proporções, todas as grandes tragédias mundiais são lembradas. Porque essa tragédia no esporte brasileiro também não deveria ser lembrada?", questionou.

Em seu terceiro mandato na Câmara dos Vereadores de Campinas, Jota Silva é autor de projetos de lei que instituíram na cidade, por exemplo, a "Semana da Música Sertaneja", "Dia do Policial" e o "Dia do Instrutor de Autoescola".