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DESVENDANDO A TECNOLOGIA
Cláudio Boghi é administrador de empresas, analista de sistemas e possui MBA em Tecnologia Educacional. É mestre em administração de empresas e em ciência da tecnologia pela USP. Atua como consultor há mais de 27 anos em tecnologia da informação e em gestão socioambiental.
 
 
postado em 02/10/2017 18h01

Acesse seus dados pelo coração

Foto: Pexels 

Segundo os pesquisadores da Universidade Buffalo, nos EUA, em breve seu coração vai te dar acesso as informações que precisar de um computador, de um smartphone e de outro aparelho eletrônico.

O protótipo do sistema de identificação que detecta o coração do usuário já está na fase final do experimento e requer sua miniaturização. 

Segundo o pesquisador, Wenyao Xu, "Nunca foram encontradas duas pessoas com corações idênticos,", acrescentando que o coração das pessoas também não costuma mudar, a menos que elas sofram alguma doença cardíaca grave.

O sistema usa um radar de baixíssima potência (Doppler) - equivalente a uma conexão Wi-Fi - para detectar a geometria do coração, seu formato e tamanho, e como ele se movimenta, para criar uma assinatura pessoal. 

O radar Doppler utiliza o efeito Doppler que é um fenômeno físico observado nas ondas quando emitidas ou refletidas por um objeto que está em movimento com relação a uma pessoa em observação. O exemplo clássico deste efeito, é quando escutamos o som emitido por uma ambulância que passa em alta velocidade. A pessoa percebe que o tom, em relação ao emitido, fica mais agudo enquanto ela se aproxima e mais grave quando a ambulância começa a se afastar. Sendo assim, com esse efeito, é possível medir velocidades, detectar objetos e também ajudar meteorologista para monitoramento atmosférico.

Como o sistema não é invasivo e sem contato, permanece monitorando o usuário continuamente, o que significa que a pessoa pode sair tranquilamente da frente do computador tendo certeza de que nenhuma outra pessoa conseguirá usá-lo.

Este protótipo leva 8 segundos para identificar um coração pela primeira vez, e depois passa a reconhecê-lo de forma instantânea.

Segundo Xu, o sistema é muito seguro, pois o pesquisador faz uma analogia ao Wi-Fi utilizados nos dias de hoje. O protótipo por meio de um leitor emite 5 miliwatts, que para os pesquisadores representa menos de 1% da radiação dos smartphones atuais.

Para maiores informações, vale a pena ler o artigo, Cardiac Scan: A Non-contact and Continuous Heart-based User Authentication System” dos autores, Chen Song, Feng Lin, Yan Zhuang, Wenyao Xu, Changzhi Li, Kui Ren MobiCom 2017 Proceedings.

Até a próxima!

 

 

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