Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
A quarta revolução industrial, também conhecida como "Indústria 4.0" ou “Internet Industrial”, foi nomeada assim por um grupo liderado por acadêmicos, políticos e empresários, que a definiram como uma forma de aumentar a competitividade da indústria, por meio de inserção de "sistemas ciber-físicos", ou CPS, aos processos industriais. Com isso é possível dizer que um dos aspectos mais tangíveis da quarta revolução industrial é a ideia de um "design voltado para o consumidor". Isso significa que os consumidores irão usar as fábricas para criar seus próprios produtos, e que as empresas irão fabricar produtos personalizados para cada consumidor.
Essas atitudes fariam com que as pessoas desfrutem de um cotidiano mais confortável com tarefas mais fáceis de serem resolvidas e, assim, atender a uma grande demanda populacional com produtos em grande quantidade e qualidade produzidos num curto espaço de tempo. Em consequência desse processo, a alta produtividade induz a queda dos preços de produtos que poderiam ser inacessíveis pelas classes menos favorecidas, contribuindo, então, para uma melhoria da qualidade de vidas das pessoas em prol de uma sociedade inserida no ambiente moderno e tecnológico. Lembrando que o aumento da produtividade reflete no aumento de renda dos trabalhadores.
Aqui no Brasil a infraestrutura da Internet ainda caminha muito devagar, a própria segurança da mesma atrelada a Internet das Coisas ainda requer muito estudo e investimentos, precisaremos de mão de obra qualificada e técnica e melhoria dos processos internos nas empresas brasileiras. Vou colocar um exemplo quando pensamos em sistemas ciber-físicos, para maximizar os processos de produção deve exigir uma grande cooperação entre os diferentes níveis da cadeia corporativa, especialmente para se assegurar de que as máquinas falem a mesma língua. Se um produto não-concluído chegar em uma máquina incapaz de ler seu chip RFID (Identificação por Rádio Frequência) porque ele foi programado em uma frequência diferente, o processo de manufatura poderia ser paralisado. Assim, determinar as plataformas e linguagens universais que permitam que as máquinas dialoguem, independente das fronteiras corporativas, é um dos principais obstáculos para a adoção.
Um grande receio de alguns pesquisadores é que a 4ª revolução industrial as máquinas irão assumir o papel do homem em várias funções, porém, a sociedade é capaz de se adaptar ao processo de substituição através do estabelecimento de outras áreas de tecnologia que absorvem a mão-de-obra das linhas de produção. Um exemplo clássico foi quando a Internet chegou de vez, muita gente perdeu emprego, porém foram gerados novos empregos que requereram mais estudos para suprir a demanda, com salários melhores e assim será com a 4ª revolução industrial. Vou dar mais um exemplo: dizer que os robôs tomam o emprego do montador de peça está correto até certo ponto, pois existe necessidade de mão de obra qualificada para realizarem a montagem e manutenção destes robôs.
Na área de TI (Tecnologia da Informação), o número de equipamentos de informática muitas vezes sendo igual ou superior ao de funcionários de empresas, a automatização de tarefas tornou-se uma prática essencial. Apesar de enfrentar resistência por parte de alguns administradores, o gerenciamento de rotinas como a realização de backups e atualizações permite que recursos humanos sejam direcionados para demandas prioritárias. Várias tarefas repetitivas podem ser automatizadas, tais como: desligamento remoto nos computadores, para redução de energia, realização de backups online, criar algoritmos que compactem dados pouco utilizados e excluam arquivos temporários automaticamente é possível diminuir o tempo gasto procurando maneiras de liberar espaços entre outros.
Os países como Alemanha, Estados Unidos, Japão e Canadá já estão implantando a 4ª revolução industrial para se tornarem mais competitivos nos próximos anos e contam com o uso cada vez mais comum da computação cognitiva, big data e cloud computing. Para a 4ª revolução industrial dar um salto é importante e a Internet das Coisas precisa estar funcionando muito bem, principalmente nas linhas de produções. Segundo o relatório da empresa de consultoria Strategy& a indústria alemã irá investir, anualmente, €40 bilhões na infraestrutura da Internet Industrial até o ano de 2020, isso representa uma boa parcela do investimento total da Europa, que será de €140 bilhões por ano.
No Brasil, em função da nossa crise econômica, acredito que a partir de 2025 teremos as primeiras empresas a se posicionarem para a 4ª revolução industrial.
Até a próxima! |