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Entregador de pizza morre baleado durante confronto no Morro da Coroa


Publicada:29/06/2015 14:33:00

Um entregador de pizza de 23 anos morreu baleado durante um confronto entre policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e traficantes no Morro da Coroa, em Santa Teresa (centro), na noite deste domingo, 28. Amigos de Rafael Camilo Neris lamentam sua morte em postagens da rede Facebook e ressaltam que o jovem era "trabalhador" e teria morrido quando entregava uma pizza na comunidade. Ele chegou a ser levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro, mas não resistiu.

Familiares afirmam que ele deu entrada na unidade sem documentos, que teriam sido roubados. De acordo com a Polícia, as vítimas do tiroteio de ontem foram dois suspeitos, que morreram, e uma terceira pessoa ligada ao tráfico que, ferido, está internado no Hospital Municipal Souza Aguiar. "Dói muito", afirmou a mulher de Rafael, Rosana Monteiro, agradecendo o apoio e as mensagens de amigos.

"Perdemos um amigo, um colaborador", afirmou, na rede social, a empresa Santa Pizza, onde Rafael trabalhou como entregador. "O sentimento é de fragilidade e de não saber de que lado ficar ou como fugir ou se defender e de quem se defender, O Luto é eterno e continuo e só muda o endereço todos os dias! Ficamos com a lembrança de um sorriso de paz!"

Ocupação

Durante a ação do Bope, foram apreendidas duas pistolas, cinco granadas de fabricação caseira e cinco carregadores. O morro da Coroa foi invadido em maio por traficantes do Comando Vermelho, facção que já dominava o vizinho Morro do Fallet, também em Santa Teresa. Naquele mês, em uma semana de invasão, confrontos mataram 12 pessoas na região.

A Coroa, que já havia sido ocupada pelo Bope em maio, é policiada por homens do batalhão especial desde sexta-feira, 26, quando cinco policiais que estavam em uma base avançada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Fallet foram rendidos por seis traficantes e obrigados a entregar suas armas, devolvidas logo em seguida.

A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) já identificou, em seu setor de inteligência, os suspeitos de terem participado do episódio. A 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar apura de houve negligência dos policiais que estavam na base da UPP. Alguns deles vêm recebendo atendimento psicológico desde sexta-feira.

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