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seis meses após tragédia

Viúva de Domingos Montagner diz que filhos a ajudam a superar morte do marido

Redação/RedeTV!

(Foto: reprodução/Facebook)

Luciana Lima, viúva de Domingos Montagner, falou pela primeira vez sobre a morte do marido em entrevista à revista "Marie Claire". Seis meses após a trágica morte do ator, que morreu afogado no Rio São Francisco em 15 de setembro de 2016 durante intervalo das gravações da novela “Velho Chico", a atriz e artista circense tenta se adaptar à vida sem o companheiro.

Parceira de Domingos também no trabalho, Luciana relembrou o primeiro encontro entre os dois, em 1999, em Natal. Ele foi convidado para se apresentar na cidade e fiz o receptivo da companhia durante o evento. Eu era integrante de um grupo de teatro, o Clowns de Shakespeare. O Domingos ficou 15 dias por lá, tempo suficiente para a gente trocar umas figurinhas. Depois voltou para São Paulo e namoramos quase um ano a distância. Fui me envolvendo, me inteirando sobre o universo do circo e aquilo me deu ‘coceira’. Mudei para São Paulo em novembro de 2000, quando a linguagem circense estava entrando no cenário teatral”, contou.

O dia da morte do marido, ainda é uma lembrança recente para Luciana, que disse ter sido avisada sobre o desaparecimento às 15h e, a partir daí, tentou evitar a todo custo que os filhos (Lei, de 13 anos, Antonio, de 10, e Dante, de 6) fossem informados por meio das redes sociais ou colegas da escola.

Luciana Lima e Domingos Montagner (Foto: AgNews)

“Liguei para a escola dos meus filhos, pedi que saíssem mais cedo para evitar que deparassem com o burburinho. O mais velho estava em casa. Assim que cheguei, disse a ele o que estava acontecendo, e ele respondeu: “Não vai acontecer nada, meu pai sabe nadar e não pode ir contra a correnteza. Vai se deixar levar, alguém vai encontrá-lo”. Concordei e pedi para não entrar em redes sociais. Perto das 18h, chegaram os pequenininhos – muitos amigos nossos já estavam ali conosco. Expliquei o que acontecia. O do meio começou a chorar, depois o menor. Mônica Albuquerque, diretora de produção da Globo, ligou pouco depois e disse: “Lu”. Nesse “Lu”, eu senti. “Você não tem uma boa notícia para mim?”, perguntei. Ela disse que não”, relembrou.

A readaptação, segundo Luciana Lima, é um “exercício” e a força dos filhos a ajuda a superar a perda aos poucos. “É um exercício. Estamos ressignificando os lugares que frequentávamos com ele, alimentamos memórias. Mas as crianças assimilam a perda de outra maneira: o agora é mais importante do que o amanhã. É o imediatismo deles que me sustenta. Estamos aprendendo a viver nessa configuração de família”.

Para manter viva a memória de Domingos Montagner, considerado metódico e detalhista pela companheira, Luciana manteve a comemoração dos 20 anos da “La Mínima”, companhia de teatro fundada pelo ator e por Fernando Sampaio. “A celebração virou uma homenagem ao Domingos”, avaliou.

Veja também: índio de "Velho Chico" pressentiu morte de Domingos Montagner. Assista!

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